sexta-feira, 12 de julho de 2024

Denúncia contra o prefeito de Joselândia, Raimundo Zuca: Empréstimo com juros de 143% pode custar mais de R$ 15 milhões em um ano

Taxa de juros exorbitante compromete futuro financeiro do município

O prefeito de Joselândia, Raimundo Zuca, está sob fogo cerrado após contrair um empréstimo de R$ 20 milhões junto à Caixa Econômica Federal, autorizado pela Câmara Municipal, destinado ao asfaltamento de ruas urbanas, construção de praças e perfuração de poços artesianos no município. No entanto, a taxa de juros associada a este empréstimo tem gerado grande preocupação e indignação entre os moradores e a oposição política.

De acordo com informações obtidas por um vereador local, a Caixa Econômica Federal autorizou, até o momento, R$ 10 milhões deste empréstimo. A surpresa veio ao constatar a taxa de juros estipulada: 143,83% do CDI ao ano. Com esses termos, se o município utilizasse os R$ 10 milhões em 12 meses, pagaria mais de R$ 15 milhões apenas em juros, além do saldo devedor remanescente. 

Essa situação é alarmante, pois compromete não só a atual administração, mas também a futura gestão municipal. Caso Raimundo Zuca não seja reeleito, seu sucessor, Aroldo Garimpeiro, terá que lidar com essa dívida exorbitante, potencialmente prejudicando severamente as finanças públicas de Joselândia.

Documentação e Repercussão

Documentos fornecidos pela Caixa Econômica Federal confirmam os detalhes do contrato:

- Data da assinatura: 08/12/2023

- Valor do financiamento: R$ 10.000.000,00

- Carência: 24 meses

- Prazo de retorno: 96 meses

- Taxa de juros: 143,83% CDI ao ano

- Ações financiadas: Pavimentação de ruas; construção e reforma de praças, parques e jardins; construção e restauração de campos de futebol e quadras esportivas.

O impacto dessa dívida, com juros exorbitantes, é imensurável. Especialistas em finanças públicas destacam que essa taxa de juros é impagável e representa uma irresponsabilidade fiscal, sugerindo que seria mais vantajoso financeiramente recorrer a agiotas, dada a comparação dos juros.

A crítica à administração de Raimundo Zuca é contundente. Ao contrair um empréstimo com juros tão elevados, ele coloca em risco a sustentabilidade financeira do município de Joselândia. A oposição e a população local devem exigir transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos para evitar comprometer o futuro da cidade. 

O próximo passo é acompanhar de perto as ações judiciais e administrativas que podem ser tomadas para contestar os termos desse empréstimo e buscar alternativas mais viáveis para o financiamento dos projetos municipais.




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