sexta-feira, 23 de setembro de 2022

João Bosco era assessor de Secretaria do Governo de onde saiu propina que motivou seu assassinato

 

João Bosco foi nomeado na Seduc na gestão Flávio Dino e permaneceu com Carlos Brandão.

Ganhou mais um capítulo importante o trabalho de investigação acerca da morte do empresário João Bosco Oliveira Sobrinho, executado com três tiros por Gilbson César Soares Cutrim na área externa do edifício Teach Office, na Ponta D´Areia, em São Luís, no dia 19 do mês passado.

Bosco exercia o cargo comissionado de Auxiliar Técnico II (símbolo DAI-5) da Secretaria de Estado da Educação, pasta de onde saiu o pagamento de uma propina que motivou a sua execução.

A informação foi revelada pelo blog do jornalista Marco D´Eça, nesta manhã, e não há, até o momento, nenhuma informação no Diário Oficial do Estado que confirme a sua exoneração.

Amigo pessoal do vereador Beto Castro (Avante) e apontado com cobrador de dívidas do parlamentar, João Bosco foi nomeado, ano passado, pelo então titular da Seduc, Felipe Camarão (PT), hoje candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo governador e candidato a reeleição, Carlos Brandão (PSB).

Minutos antes de sua morte, o empresário reuniu-se no local do crime com Beto; seu assassino confesso; e Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador e secretário de Estado de Monitoramento de Ações Governamentais.

Em depoimento prestado na Polícia Civil, Gilbson Cutrim, que passou apenas oito dias preso, afirmou que assassinou Bosco por que estava sendo ameaçado a repassar 50% de propina em cima de um valor de R$ 778 mil oriundo do pagamento, por parte da Seduc, de uma empresa de vigilância que estava inapta.

A reunião entre os quatro citados, segundo o próprio Gilbson, foi articulada por Daniel Brandão.

João Bosco, vale destacar, além de ser funcionário do Governo, nas gestões de Flávio Dino e Carlos Brandão, participava de atos de pré-campanha e de campanha em apoio a eleição do primeiro para o Senado e para a reeleição do segundo.

O governador; seu sobrinho; e todo o Governo permanecem em silêncio sobre o assunto.

Assim como Dino e Camarão.

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